Sei que naquela tarde, o garoto sorriu assim, despretensiosamente. Um buraco em algum lugar do mundo o chamou a atenção e ele olhou fundo nos olhos do horizonte cinza, por trás das colinas queimadas. Estava muito cansado. Havia esperado tempo demais e agora seus músculos se desfaziam. Alguém, talvez ele mesmo, talvez uma outra parte amputada dele, gritava socorro. Estava ela de pé, em frente a esse imenso buraco sem fim, mirando o negro nada. Ele não correria para salvá-la. Ele ficaria ali, sentado, examinando as linhas de sua mão esquerda. E essa idéia se mostrou extremamente engraçada.