29 de abril de 2015

Canção, no coração levar
 Dar passo a passo ao amar
E quando não puder mais
 Zarpar
Feito um veleiro fantasia faria  
Pois no calcanhar dói o peso da função-rotina
E o cinza pintado de tinta
Enjoa a vista de quem só quer
O mistério por trás de todas as coisas
Eu não admito que Ele vá
Desaparecendo pelos bueiros dos cartões postais da liberdade
Onde havia fadas não pode haver só vazio escuro
há de se lutar pelo escudo místico que envolve as árvores
e suas ervas daninhas

agradeço aos amigos encantados que, disfarçados de gente do mundo, me encaminham para as fogueiras ancestrais, as anciãs salgueiro, as idéias tartarugas – grandes, lentas, sábias, amistosas, e quase sempre verdes.