13 de agosto de 2013

haikai ocidental



Caiu,
o dia.
Chama noite devagar.
O passarinho aconchegou.  
Era uma brisa fresca, de uma estação intermediária no ano.
Que ano?
A varanda é de terra batida. Moitas rodeiam o portão branco e baixo.
Tem feijão no fogo.
Tem fogueira preparada pra ciranda calada.
A sola do pé ficou até fina de tanto andar descalça. Mudou de cor.
Cabelo sem peso sobre o pescoço leve.
Tem lua de mel pingando na língua.  
Amanha, quem sabe.
O tempo nem pesa.