4 de março de 2009


Aconchegante de uma forma doente mas não doentiamente aconchegante. Pintura de quarto é meta linguagem. Radiografia da continuidade habitual, naquele instante parada, sufocada, pois o tempo-ritmo se perdeu. Houve um rombo entre o lençol e a coberta que se demonstrou um caminho para o infinito de memórias tediosas.
Os nossos pais debruçados sobre nós, e nós de olhos fechados, sentindo o peso dos olhares.
O quadro no quadro retrata o segundo preciso do agora lá. O segundo preciso do agora aqui não tem nada a ver, apesar de ser o mesmo, em algum nível de consciência entre planos.
Cama bloqueando a porta é sintoma de auto repressão e acuamento perante o mundo. Insegurança. Entende, Van Gogh? Você precisa de um acompanhamento psicológico, senão psiquiátrico. Além disso, você tem esse olhar sinistro. E é ruivo.

Um comentário:

Nocivo disse...
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