De saber o quê importa, o quê fica, sempre. O encontro. um momento. que se estiiiiiica. Quando se fecha os olhos. do fundo da alma. o vazio, dentro dele, uma única coisa. uma fumaça, de infinitos significados.
Você me diz coisas ruins. eu acredito em todas elas. eu acredito, em tudo que você me fala, eu acredito. mas, se realmente fosse assim, se realmente fosse, então eu não poderia dizer isso. eu não poderia, por nao saber, nao ter podido experimentar, por haver uma certa falta de grandeza. essa piquinez que voce me fala. que eu acredito quando voce me fala. ela nao existe.
eu nao quero que acredite. quando cessa essa mínima prudencia e tem a angustia. mesmo assim eu nao quero.
deve-se retirar-se. deve-se calar-se. deve-se acatar, uma impressão de derrota, que nao existe, uma sensação muito ruim de tudo ruim que me fala.
só que naquela fumaça, nada disso importa. a chuva está caindo feito prego, coisas evidenciando os ciclos, e essa linha infinita, que vai de mim até você até o mais profundo futuro das nossas almas. ela está lá em cima e por isso ela não vê tudo isso que nao existe, que voce vê, que eu vejo, que voce me fala. a piquinez de mim, é invisível do alto. e eu só quero saber do que está no alto. a linha, que voce não vê, que não existe, que voce nao me fala. que eu vejo, que acredito, que penso e sinto. ela está esticada, do infinito ao infinito. tensionada. eu ando sobre ela. e eu caio todos os dias, há anos. caio para debaixo dos meus pés, e acredita você que também debaixo dos seus. caio até o infinito pra baixo, e quando vejo, estou lá novamente, como um presente da força benevolente do universo, ou um grande castigo do vazio.
nessa imensidão oca, eu sinto a minha respiração, pequena e miserável, como você me diz, e também sinto a sua, que se parece assim muito com a minha. ás vezes eu posso olhá-lo de frente.
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