Tinha uma cômoda com uma porção de gavetas. Varias e varias gavetas. Dentro de uma delas estava o meu coração. Nas outras, muitas e muitas lembranças em forma de papeis escritos, por mim e por muitas e muitas pessoas. Eu não sei em qual gaveta estão quais papéis, mas na gaveta em que fica o coração, só o meu coração está. Esta gaveta não está trancada, as outras estão. Faz mais de 2 anos que eu não abro esta gaveta. As outras eu abro com freqüência, pra me lembrar do que eu não me lembro mais. Do coração eu quero esquecer, por isso não abro. Qualquer um pode abrir, menos eu.
Coisas vivas são muito perigosas, e o meu coração ainda não parou de bater. Ele tem vontade própria. E ele mancha de sangue todos os papéis.
Um comentário:
Amiga, vc escreve mt bem, sabia???
Eu te amo, e amo Bachelard influenciando em sua escrita.
BJOS
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