DEDICO-ME AO NADA.
SEXTA À NADA.
BEBA À NADA.
DORMIREI.
BE-
BECOUSE I LIKE IT?
FIQUEI LOGO SABENDO QUE QUALQUER COISA SE CONVERTE E SE ENGOLE E QUE QUALQUER ESPERA É UMA FORMA DE MORRER EM COVARDIA.
28 de novembro de 2008
27 de novembro de 2008
vocêvocêvocêvocêvoc
tudo o que existe de mim se debruça sobre o que ficou de você. E o que precisa, afinal? Do que se trata? O que falta? No mundo há apenas seus olhos. Os seus olhos em mim. Já nos transbordamos tantas vezes. Já nos afogamos um no peito do outro. E os sorrisos ainda escapam.
Os nossos prantos têm tantas versões. Quando vamos acabar nosso coro de lamentações? Já não sei mais o que é teu e o que me deu. Podemos juntar nossos corações em um único copo? Um único riso. Seja todo prazer!
O que te dei é o que me falta. Choro tua ausência. Não quero provas. Temos mãos que se amam, peitos apaixonados, um milhão de passados. A distância. Os quilômetros. As horas. Entre nós.
Temos a minha e a tua carne. As tuas e as minhas palavras. Prefiro o vazio a ser preenchido pelo teu corpo do que meu corpo preenchido pela tua falta.
Arranca-me de mim para me embalar nas tuas canções! Não me quero mais, eu desisto. Faça-me o espelho fiel de seu amor, que sei ser lindo e grande, que sei ser o que sempre quis de deus.
Eu pus meu corpo em uma vitrine, para minha mãe, os meninos e os palhaços. O que há por dentro está guardado no fantasma que é a nossa união. Pois sou assim, impura. Pois tenho medo do escuro. E tenho sede do que não vale uma moeda. E sonho com os nossos diamantes. Sonho um dia reencontrá-los. Que não tenham se quebrado em algumas de nossas quedas.
Você vai nos guardar?
Será que tem estomago para zelar pelo o que ainda não é?
Cuida do mundo pelo teu filho.
Cuida do mundo para ele pois é só o que minha alma permite.
Você é o meu caminho.
Os nossos prantos têm tantas versões. Quando vamos acabar nosso coro de lamentações? Já não sei mais o que é teu e o que me deu. Podemos juntar nossos corações em um único copo? Um único riso. Seja todo prazer!
O que te dei é o que me falta. Choro tua ausência. Não quero provas. Temos mãos que se amam, peitos apaixonados, um milhão de passados. A distância. Os quilômetros. As horas. Entre nós.
Temos a minha e a tua carne. As tuas e as minhas palavras. Prefiro o vazio a ser preenchido pelo teu corpo do que meu corpo preenchido pela tua falta.
Arranca-me de mim para me embalar nas tuas canções! Não me quero mais, eu desisto. Faça-me o espelho fiel de seu amor, que sei ser lindo e grande, que sei ser o que sempre quis de deus.
Eu pus meu corpo em uma vitrine, para minha mãe, os meninos e os palhaços. O que há por dentro está guardado no fantasma que é a nossa união. Pois sou assim, impura. Pois tenho medo do escuro. E tenho sede do que não vale uma moeda. E sonho com os nossos diamantes. Sonho um dia reencontrá-los. Que não tenham se quebrado em algumas de nossas quedas.
Você vai nos guardar?
Será que tem estomago para zelar pelo o que ainda não é?
Cuida do mundo pelo teu filho.
Cuida do mundo para ele pois é só o que minha alma permite.
Você é o meu caminho.
12 de novembro de 2008
WOYZECK PARA HOJE
Sabe...
Eu vou pegar e me virar do avesso e esfregar sapólio com uma escova de aço em:
Todos os meus músculos, carnes, mucosas, veias e tecidos.
Eu vou encher um balde com água de cachoeira e enfiar meu coração lá dentro.
Eu vou correr durante três dias até meu corpo expulsar em suor todas as palavras que eu engoli e todas as ações sujas as quais eu me submeti por falta de coragem de apenas estar.
Eu fumo um cigarro ou eu bebo mate. Eu bebo mate ou eu fumo um cigarro. Ou eu falo. Ou eu choro. Ou eu... ando e ando e vou acumulando a sujeira do chão na sola do pé.
Eu me encho de coisas pra não ver os espaços vazios, e no final do dia eles realmente não existem mais. Sem espaço não há movimento, não há ar, não há visão e na há eu. Não há espaço para mim dentro de mim. Há espaço para o mundo. Mas eu fico sem lugar pra existir.
Sem terra de mim mesma.
A moça do espelho nunca quis me possuir. À outros ela se entrega, mas nunca a mim.
20 anos de sedução e ela nunca se entregou a mim. É de todos, do mundo. Uma cadela eternamente grávida de um desconhecido.
Eu queria dizer mais que isso.
Eu preciso de mim, só isso. Animais são mais felizes do que eu.
Homem do século dezenove que descobre sua consciência e seu submundo e enlouquece não sabendo o que fazer com ele.
Calma, minha filha. Calma que tudo isso acaba um dia.
E tinha aquele cara que falava, no meio da noite, para ninguém, na frente do poço de seu umbigo. Ele dizia assim: shhhhhh!!! Shhhhhh!!! Escuta. Escuta, negro! Escuta! Eles estão cantando!
e sorria.
O mais íntimo de nós sempre é um coletivo. O Coro dos deuses monstros... esses chifrudos.
Uma luz vem vindo do poço! E essa luz, por si mesma, o atrai até a boca desse inferno. De lá de cima ele uiva, o que seria uma pergunta destorcida pela própria duvida, que então o deixa de ser e se figura como um balbuciar inconsciente de si. Ele pergunta: Eeeeeeeeiiiiioooooo.
Eeeeeeeeeiiiooooooo.]
E aguça a escuta para a resposta.
Nada.
A pedra que ele jogou nunca chegou ao fundo. No dia seguinte ele acorda sufocado por ela, em sua goela. Por que será? Melhor não saber. É cuspir ou morrer. ] são os chifrudos o querendo levar para o subterrâneo. O retorno da pedra, o querendo matar, responde a pergunta todas as noites repetidas.
E vai ficar sem fim, por que já não há qualquer começo. A vida está sempre se findando a cada instante. Acaba. Acaba. Acaba. Somos todos os últimos suspiros.
Não nasci pra ser escritora. Escrever é o que me salva, só. Se não estaria eu mesma já morta pela pedra que amanhece dura todos os dias na minha garganta.
Esse é o meu grito.
Meus olhos são o meu poço.
O silencio é um instante em suspenso, eterno, esperando por sua redenção.
Eu vou pegar e me virar do avesso e esfregar sapólio com uma escova de aço em:
Todos os meus músculos, carnes, mucosas, veias e tecidos.
Eu vou encher um balde com água de cachoeira e enfiar meu coração lá dentro.
Eu vou correr durante três dias até meu corpo expulsar em suor todas as palavras que eu engoli e todas as ações sujas as quais eu me submeti por falta de coragem de apenas estar.
Eu fumo um cigarro ou eu bebo mate. Eu bebo mate ou eu fumo um cigarro. Ou eu falo. Ou eu choro. Ou eu... ando e ando e vou acumulando a sujeira do chão na sola do pé.
Eu me encho de coisas pra não ver os espaços vazios, e no final do dia eles realmente não existem mais. Sem espaço não há movimento, não há ar, não há visão e na há eu. Não há espaço para mim dentro de mim. Há espaço para o mundo. Mas eu fico sem lugar pra existir.
Sem terra de mim mesma.
A moça do espelho nunca quis me possuir. À outros ela se entrega, mas nunca a mim.
20 anos de sedução e ela nunca se entregou a mim. É de todos, do mundo. Uma cadela eternamente grávida de um desconhecido.
Eu queria dizer mais que isso.
Eu preciso de mim, só isso. Animais são mais felizes do que eu.
Homem do século dezenove que descobre sua consciência e seu submundo e enlouquece não sabendo o que fazer com ele.
Calma, minha filha. Calma que tudo isso acaba um dia.
E tinha aquele cara que falava, no meio da noite, para ninguém, na frente do poço de seu umbigo. Ele dizia assim: shhhhhh!!! Shhhhhh!!! Escuta. Escuta, negro! Escuta! Eles estão cantando!
e sorria.
O mais íntimo de nós sempre é um coletivo. O Coro dos deuses monstros... esses chifrudos.
Uma luz vem vindo do poço! E essa luz, por si mesma, o atrai até a boca desse inferno. De lá de cima ele uiva, o que seria uma pergunta destorcida pela própria duvida, que então o deixa de ser e se figura como um balbuciar inconsciente de si. Ele pergunta: Eeeeeeeeiiiiioooooo.
Eeeeeeeeeiiiooooooo.]
E aguça a escuta para a resposta.
Nada.
A pedra que ele jogou nunca chegou ao fundo. No dia seguinte ele acorda sufocado por ela, em sua goela. Por que será? Melhor não saber. É cuspir ou morrer. ] são os chifrudos o querendo levar para o subterrâneo. O retorno da pedra, o querendo matar, responde a pergunta todas as noites repetidas.
E vai ficar sem fim, por que já não há qualquer começo. A vida está sempre se findando a cada instante. Acaba. Acaba. Acaba. Somos todos os últimos suspiros.
Não nasci pra ser escritora. Escrever é o que me salva, só. Se não estaria eu mesma já morta pela pedra que amanhece dura todos os dias na minha garganta.
Esse é o meu grito.
Meus olhos são o meu poço.
O silencio é um instante em suspenso, eterno, esperando por sua redenção.
8 de novembro de 2008
nossa distancia é uma corda tensionada prestes a se romper para cairmos um no outro finalmente?
vou sair. ficar na esquina vendo o seu desfile passar.
vou deixar os olhos todos em voce, pra voce nao me ver, pra voce achar que eu morri.
eu tenho o meu coracao quebrado, e nao importa em quantos cacos.
eu tenho a minha dor, escondida e sufocada, dentro de uma caixa de madeira do seu quarto.
mas nao interessa mais. me ouvir sempre foi um desgaste, nao?!
um desgaste pra voce eu existir.
eu nao sou mais que os seus tropeços...
nunca fui mais que um engasgo.
vai entao e lambe as suas feridas. me esfola nos seus pensamentos. e me mata.
sente o gosto da sua tristeza e esqueça que eu ainda vivo, te seguindo de longe.
ela sempre foi mais importante que eu.
conte as suas cicatrizes que eu me recolho na minha insignificância.
EMBALA DE NOITE OS TEUS RANCORES
FAÇA PAR COM TUAS DORES
SE NAO CABEM MAIS MEUS AMORES
NESSA SUA SOLIDÃO.
vou deixar os olhos todos em voce, pra voce nao me ver, pra voce achar que eu morri.
eu tenho o meu coracao quebrado, e nao importa em quantos cacos.
eu tenho a minha dor, escondida e sufocada, dentro de uma caixa de madeira do seu quarto.
mas nao interessa mais. me ouvir sempre foi um desgaste, nao?!
um desgaste pra voce eu existir.
eu nao sou mais que os seus tropeços...
nunca fui mais que um engasgo.
vai entao e lambe as suas feridas. me esfola nos seus pensamentos. e me mata.
sente o gosto da sua tristeza e esqueça que eu ainda vivo, te seguindo de longe.
ela sempre foi mais importante que eu.
conte as suas cicatrizes que eu me recolho na minha insignificância.
EMBALA DE NOITE OS TEUS RANCORES
FAÇA PAR COM TUAS DORES
SE NAO CABEM MAIS MEUS AMORES
NESSA SUA SOLIDÃO.
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