8 de novembro de 2008

nossa distancia é uma corda tensionada prestes a se romper para cairmos um no outro finalmente?

vou sair. ficar na esquina vendo o seu desfile passar.
vou deixar os olhos todos em voce, pra voce nao me ver, pra voce achar que eu morri.
eu tenho o meu coracao quebrado, e nao importa em quantos cacos.
eu tenho a minha dor, escondida e sufocada, dentro de uma caixa de madeira do seu quarto.

mas nao interessa mais. me ouvir sempre foi um desgaste, nao?!
um desgaste pra voce eu existir.
eu nao sou mais que os seus tropeços...
nunca fui mais que um engasgo.

vai entao e lambe as suas feridas. me esfola nos seus pensamentos. e me mata.
sente o gosto da sua tristeza e esqueça que eu ainda vivo, te seguindo de longe.
ela sempre foi mais importante que eu.
conte as suas cicatrizes que eu me recolho na minha insignificância.

EMBALA DE NOITE OS TEUS RANCORES
FAÇA PAR COM TUAS DORES
SE NAO CABEM MAIS MEUS AMORES
NESSA SUA SOLIDÃO.

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