1 de maio de 2009

J

Faz menos de dois dias que você saiu por aí. Parece que estou sentada da mesma forma à meses, esperando você voltar, por qualquer motivo. Me pergunto como é que eu faço agora, que te quero e não te esqueço e cada suspiro escreve seu nome na parede branca da minha mente. Suas mãos ausentes. Onde foram? Tornozelos finos. Onde estão?

Será mesmo que perdemos o tempo que era de nós dois?
Eu não sei por que você insiste em dizer que se foi embora. Mas eu prefiro morrer a ter de agüentar a saudade que eu vou sentir de você. Vez atrás de vez, você diz que não haverá chance, que não haverá outra vez . Mas eu tenho que dizer, agora, que já te fiz feliz e que eu não posso prosseguir até que você volte pra mim.

Tenha seu tempo. Faça como queira. Aqueça as costelas e faça a barba. Vá beber com seus amigos. Jogue fora todo o lixo que acumulamos. Vá em frente. Vá em frente. Mas eu não vou te deixar. Vou fechar meus olhos e lembrar dos teus. Doces ainda. Antes das nossas ondas invadirem nossas matas. Eu vou pensar em você em cada minuto. Eu vou estar presente, com o meu nariz colado no teu, antes de você ir dormir essa noite e todas as outras. Não importa onde. Não importa se só ou acompanhado. Eu estarei lá. Aonde quer que você vá.

Estamos livres um do outro. Encontre-me (queira deus que sim), encontre-me na sua liberdade!!

Você vai ler isso e vai dizer que não. Eu sentirei um alfinete entrando na minha nuca, durante um ensaio qualquer, quando eu estiver pensando que eu gostaria de te encontrar dormindo quando chegasse em casa.

Queria contar essa historia de novo, com outras declinações.
Eu te amo, eu te amo, eu te amo. É a única coisa que eu tenho a dizer. Até eu encontrar um caminho para o nosso começo. Eu preciso fazer você ver que, de alguma forma, ainda posso te fazer feliz.

Eu ainda estou aqui.
Eu estou aqui.
E eu sou, ainda, o que você cisma em dizer que não existe mais.

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