17 de julho de 2008

Aos Gatos do Pinéu.

Um gato mia ao longe. Miado fininho parece que sofre. Dor no esôfago, irritação do tecido, comeu veneno para ratos. Morre devagarzinho. Os pelos descem descansados. Pupilas dilatadas para um triste fim solitário, no meio das pedras portuguesas de Copacabana, um gato macho acaba de ficar inteiramente oco. A vida saiu pelo focinho gelado, a língua repousa deitada nos dentes afiados.

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