29 de setembro de 2008

Eu queria dizer que eu tenho saudades
A cada instante que passa, eu tenho saudades.

Eu não posso estar com mais ninguém
Ninguém eu amo tanto como amo a você
Ninguém jamais poderia me machucar como você me machuca, com a sua ausência, com o seu silencio.
E ainda assim, eu sei que você está aí. Que você nunca me deixaria cair, não é? Que nunca me deixaria te esquecer. Um pássaro de olhos vivos.
Por trás dos seus olhos sempre houve um segredo. O segredo que se envolvia em mim quando me olhava. Eu mesma virei uma incógnita.
Queria que me deixasse ir. Que pudesse ir com o vento, dissolver no vento, sumir. Mas em você eu encontro a minha Forma. Mais que isso, em você, meu desejo encontra sua forma. Mas eu não agüento mais. Eu não sei quais são os meus limites.
É melhor mesmo que não venha, pois, afinal, eu nunca soube usar a minha cabeça. Por você, o meu coração funciona, e é só por ele que eu espero dias bons, que talvez nunca cheguem. E só por ele eu sei viver, não de outra forma, não de nenhuma outra forma.
Tenho de encontrar, então, algo que possa possuir meu coração sem que se dissolva. Sem que se machuque. Meu coração tem uma porção de espinhos. Espinhos que nunca vão cair. Que nunca vão passear ao vento. O meu coração precisa de uma mordaça. Precisa de polimento. Precisa se calar.

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