De quem que fazer dormir-se por uma eternidade, e toma café as três horas da manha para ver se passa a ressaca. Escreveu ultimo bilhete em carta de copas que havia perdido da Paciência que jogava, às noites, de três anos.
De quem ainda não quer abrir, não quer abrir, não quer abrir os olhos – ou qualquer outra parte do corpo.
De quem tem medo do contágio e da regressão. De quem não mais tem medo de solidão ou de medo, mar, escuro, barco e elevador.
De quem não sabe mais contar histórias. Não sabe cozinhar. Não alegra. De quem sorri e boceja. De quem aprendeu há pouco a invejar.
Por quem não sabe onde está e o que faz, ou se quer se ainda existe. Por quem deixa sombra e lama e rastro. Por quem se pode seguir o cheiro, que reconhece o cheiro e o ama e o lambe e se esfrega no cheiro.
Por quem não perdeu nunca qualquer dignidade, pois não acredita que uma coisa estranha dessas possa existir. Que perdeu a vontade, apenas, vontades, e que não se importa. Que não dá a mínima. Que fechou os olhos e sentiu zeloso o sexo do outro que já morreu e agora é necrófilo este/ esta / isto necrófilo.
Para quem nem suspeita. Para quem dorme e é branco. Para quem é do passado e lá mora em paz. que não quer sair de casa. De quem tem medo da rua, de gente, de sebo e saliva. Perdeu o gosto. A descoberta já foi feita. Eu sei o que mais. Eu sei o que mais. Eu sei o que mais me espera.
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