17 de setembro de 2015

sangrar



Não fazer sentido nenhum custa um preço alto nessa vida
Mas tentar fazer deve custar ainda mais
Meu cavalo é o desejo natural
Meu estado é o pré-formal
Cor de tempo
Golpe de Minas
Sonho correndo com os pés na lama
Viver da superfície – profunda rotina
Dia rítmico no caminhar segredo
Dentro do peito fui ao Japão
Voltei para trazer o pão
Boa tarde de café, graças a deus
Estamos em casa, estamos em casa, no sofá
Aqui dentro
Posso me perder nas linhas que contornam as formas e suas mentiras risonhas
Como fatiar um holograma
Aqui dentro da cabana suspensa posso
Da cabana suspensa no tempo
Gaiolas abertas: a garganta e os dedos derramam desejos
Não me arrependo
Só quando penso

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