29 de setembro de 2008
A cada instante que passa, eu tenho saudades.
Eu não posso estar com mais ninguém
Ninguém eu amo tanto como amo a você
Ninguém jamais poderia me machucar como você me machuca, com a sua ausência, com o seu silencio.
E ainda assim, eu sei que você está aí. Que você nunca me deixaria cair, não é? Que nunca me deixaria te esquecer. Um pássaro de olhos vivos.
Por trás dos seus olhos sempre houve um segredo. O segredo que se envolvia em mim quando me olhava. Eu mesma virei uma incógnita.
Queria que me deixasse ir. Que pudesse ir com o vento, dissolver no vento, sumir. Mas em você eu encontro a minha Forma. Mais que isso, em você, meu desejo encontra sua forma. Mas eu não agüento mais. Eu não sei quais são os meus limites.
É melhor mesmo que não venha, pois, afinal, eu nunca soube usar a minha cabeça. Por você, o meu coração funciona, e é só por ele que eu espero dias bons, que talvez nunca cheguem. E só por ele eu sei viver, não de outra forma, não de nenhuma outra forma.
Tenho de encontrar, então, algo que possa possuir meu coração sem que se dissolva. Sem que se machuque. Meu coração tem uma porção de espinhos. Espinhos que nunca vão cair. Que nunca vão passear ao vento. O meu coração precisa de uma mordaça. Precisa de polimento. Precisa se calar.
28 de setembro de 2008
she said:

Estou furiosa como uma mãe loba enlouquecida. Se ela chegar perto de você eu mato. Eu dou três facadas: uma em cada olho e a ultima no coração. Avise-a. não gosto de covardias.
E depois não tem importância. Eu já ia estar presa mesmo. Presa nesse lugar insalubre, onde eu não queria chegar, onde eu mesma me encasulei. Avise-a: eu a mato.
Eu vou me casar. Estou noiva de você. Você ainda não sabe, mas gostará de me ver de branco, com seu coração pendurado entre os meus seios. Eu sei que vai.
Não se preocupe com nada. Este dia será nosso. Será ele inteiro nosso. Ninguém vai nos perturbar. Vamos comer e beber e fazer amor, até que não agüentemos mais. Até que tenhamos de dormir por uma semana para recuperarmos nossas forças.
Imagine isso: eu estou aqui, em cima de um telhado velho, rasgado, cheio de escorpiões. Em volta não há nada. Nenhuma luz, nem um traçante de bala perdida ou uma estrela cadente. Meus olhos parecem cegos. e faz muito frio.
Você se lembra daquela praia que ventava morno no fim da tarde e nós ficamos deitados na areia até o céu se depositar em camadas sobre nós? Eu me lembro.
Nós nos casamos. Não esqueças disso. E se ela chegar perto de você eu a mato, da forma que eu disse, nem menos nem mais. Eu mato.Eu sou um terreno estéril. Não seria bom que chegasses perto de mim agora. Não. Estou muito seca. Estou muito... muito seca. Nenhum fruto de mim surgiria, eu sei. Estou seca feito terra seca, feito pedra moída, estou seca feito palha. Meu corpo murchou e eu estou feia. Feia feito uma carcaça de vaca, cheia de moscas, sei lá. Você me entendeu. Eu bebi um monte de café e vomitei ele ainda quente. Café, água, coca-cola. Sei lá. O que a gente faz para curar uma ressaca de alma? Fazia tanto tempo que eu não vomitava assim.mal conseguia respirar. O ar que entrava negava meu corpo. Eu negava meu corpo. Meus seios murcharam. Sou uma velha de 70 anos. Eu não amo mais a natureza. Eu não amo mais a água gelada da cachoeira. Eu não vou meditar e me livrar dos sentimentos ruins, do karma da inveja, da depressão, do silencio. Eu vou morrer neles. Eu vou morrer como um gato morre entre os restos de veneno para rato. Vou defecar, e vomitar, vou suar, gritar, e vou morrer. O mundo nunca mais vai ouvir a minha voz, graças a deus. Minha voz nunca cantou. Tive vergonha. Ela teve vergonha, sempre foi feia. Mas gritar eu posso. Eu vou gritar até sangrar minha garganta e eu sentir pena de mim mesma. Ninguém vai ver. Não quero ninguém por perto. Eu vou pra longe e aí sim tudo isso pode florescer. Espero que meu corpo vire ao menos adubo para um amor inacabado. Sei lá. Ou comida de cachorro de beira de estrada. Mas não deixe que me enterrem. Eu te pedi isso uma vez, não quero cemitérios. Quero uma arvore só. Se não puder, se não houver arvore, deixe-me em qualquer canto. Não importa. Mas não deixe que me velem como uma jovem de morte prematura. Não suportaria enganar as pessoas ainda na morte. Diga assim: foi a idade. Uma senhora já estéril, não daria mais pra nada mesmo. Sou uma senhora de 70 anos de seios murchos e útero e alma estéreis. Não deixe que ninguém se engane. Não deixe que ninguém lamente. É só palha seca. Lembre-se. E ainda assim, casada. Morri casada. De aliança e tudo. De branco. CASADA. Tive um par. Tive alguém que de mim precisava. Que em mim queria viver. CASADA. Mas agora morta. A morte veio e levou a velha, a velha casada. Ponto. Final
25 de setembro de 2008
4mg.
O casal do prédio ao lado ainda briga. Sentada aqui, comecei a ouvi-los novamente. Só ouço a voz do homem, que parece ter morrido para dar lugar à um demônio. Coisas batem nas paredes dentro daquele quarto que, de dia, tem flores na janela.
Ela eu não escuto. Não fala nada, não grita. Não precisa de nada. Ela tem cachorro que chora por ela. Ela tem um homem que a castiga, e ela pensa que deve mesmo ser castigada. Sua criação foi católica. Joelhos no milho e terço na mão.
No ponto de ônibus, depois de um dia exaustivo ao qual eu nem gostaria de ter sobrevivido, uma mulher negra tenta se jogar na frente de um ônibus. Um homem a agarrou pelos braços e a trouxe, a força, novamente para a calçada. Ela gemia. Dizia algo que meus ouvidos tímidos não quiseram escutar. Ela foi arrastada novamente para a casa de saúde mental, onde os gatos são os médicos e os loucos somos nós. Passou bem perto de mim. eu, nobre, recuei e encostei nas grades imundas de fuligem. Senti seu cheiro. Ela cheirava a mijo. E ela não parava de gritar. Sumiu lá dentro das sombras das arvores, depois das grades, entre os gatos assustados.
Durante duas horas, antes disso, eu fiquei me mexendo sem pensar. No inicio eu estava sentada e olhava as minhas mãos. Elas dançavam uma musica triste, elas tinham dedos demais para saber o que fazer com eles. Elas tem linhas demais. Quantas dessas linhas eu ainda terei de percorrer? Essa era a minha pergunta. Essas minhas mãos, tão antigas, que me são tão ricas. São tão feias as coitadas. Parecem pedaços de pão inchados, boiando na água. Sei lá. Fui rolando até o outro lado da sala, dei cambalhota, balancei furiosamente a minha cabeça, para ver se de lá caiam essas amarguras. Parei. Meu coração batia em todo o meu corpo. Eu sentia. Quis me comunicar. Quis comunicar o meu coração e a forma como ele batia. Olhei novamente as minhas mãos. E elas começaram a pulsar junto à ele, bombeado para o espaço a vida que estava contida dentro da minha pele.
Voltei ao chão em um encontro forte. Talvez eu tenha um hematoma na maçã direita do rosto amanha. Não importa. Acho que o encontrão foi forte demais pois daí em diante meus olhos não quiseram parar de chorar. Não deixei que minha garganta se fechasse. Não permiti que minha respiração de alterasse. Não permiti que meu queixo se enrugasse. Apenas derramei uma porção de lagrimas, como quando se tropeça com uma xícara de café cheia na mão.
Elas molharam o chão. Ficou bonito. depois eu patinei com meus pés descalços e sujos por cima delas. Fiz uma sujeira. Eu realmente não queria que ninguém visse aquilo. Então eu me deitei, e me esfreguei, e fiz com que minha roupa absorvesse tudo aquilo. Porém, não pude parar de chorar. Bom que ninguém percebeu. As pessoas dificilmente percebem quando outra está a chorar.
Eu não paro de pensar em você. eu penso de um jeito estranho, porque não realmente elaboro nada, mas é você quem está ali, bem na minha cara. Eu sinto sua pele encostar na minha. Eu sinto sua mão entre os meus dedos. A minha cama guarda o cheiro do nosso ultimo encontro. Meus olhos ainda estão grudados aos seus.
O meu corpo te deseja tão forte. Tão forte. Tão forte que me faz querer sair correndo à sua busca.
Andando, eu olho em volta pra ver se você está, por acaso, ao meu lado. queria os seus pelos e os seus suores.
É a ponta de uma agulha que me perfura insistentemente. Eu engoli uma pedra. Eu estou cega. Eu não tenho mais nenhum sonho.
Tudo fica incolor.
Tudo se desfaz.
E o chão que antes eu tinha, agora me tem.
Como é possível sentir tamanha dor? Como é possível que meu corpo se sinta assim, desencaixado de si, quando você não está comigo?
Não me pergunto mais o que foi que fizemos, que erros cometemos, aonde chegamos. Também não quero resposta alguma.
Aqui dentro desse silencio infinito, são seus beijos a minha mais doce lembrança e a minha única vida. É em nosso passado que eu moro. É no ar que descansava entre nós.
E agora?
Fico a te procurar entre as linhas secas desse computador, catando os cacos que de ti ficaram, perdidos, debaixo da minha cama. Suas sobras. O que de ti restou aqui. É o que me embala. É lá que eu quero dormir. Essa noite, sono não haverá. Não haverá colo. Teu ombro repousará longe de mim.
E agora? quais são meus passos? Se não me atrevo mais a investir nas nossas ruínas, o que me sobra?
Você, que não tenho, é meu único desejo. Desejo maior que eu, maior que o mundo. Desejo que não passa, que não cansa. Tão urgente. Esse desejo me entala agora e me faz mais e sempre te desejar.
Porque o teu cheiro é o meu lugar. A tua boca é o meu lugar. A tua voz.
Eu te vejo em todos os lugares.
Acho que eu vou morrer de tanto te desejar. De tanto de querer. Cada parte da minha pele sente a sua falta.
E sempre vai.
Sempre vai.
11 de setembro de 2008
Não se pode querer dominar tudo o tempo todo.
As coisas acontecem para além da minha compreensão e prazer. Elas apenas vão acontecendo.
Queria te dizer que muito pouco eu havia planejado antes de te encontrar e que hoje posso me acalmar em pensar que mesmo que eu quisesse, eu não teria culpa alguma, e tampouco você.
Pode ser escapismo da minha parte (pois sei que assim sou, e que devo cuidar para não cair no fracasso que vai de encontro aos fracos em um ou outro momento de suas vidas), mas sinto verdadeiramente que pouco controlo de mim, e nada dos outros, e nada do mundo. Prefiro então nem pensar. Deixar a vida seguir como uma dança improvisatória, uma dramaturgia conjunta e cooperativa. Com cuidado para não machucar o colega, atento, esperto, e sem meias, para não escorregar no chão.
Pouco sei sobre meu próprio corpo e já queria eu, coitada, dizer como o teu deve se comportar... brincando de banco imobiliário não se chega muito longe. Eu sei. Eu não cheguei. Por isso eu parei de brincar.
Qualquer um, e até você que eu tanto amo, pode me xingar e brigar comigo e dizer que nunca mais quer me ver. Não me veja. Não me chame, pois. Tenho eu de me ver, tenho eu de me entender, tenho eu de me conquistar. E o que eu perco e o que eu ganho não pode ser a soma de uma série de reclusões espasmáticas ou de covardias seculares.
Esse é o meu tratado para com o mundo e para com as pessoas que eu amo. Cuidarei para que minhas sementes sejam sempre boas, mas nunca poderei garantir que delas crescerão grandes mangueiras. E se crescerem, seus frutos podem não ser tão gordos e seus galhos fortes. Não desistirei, porém, nunca, de cuidar das sementes.
Quero sair pra ver o mar. Vou me banhar na causalidade que a vida me oferece. Talvez lá, limpa, eu encontre o meu desgosto e o meu prazer, e possa, finalmente, separar o melhor para dar à você.
31 de agosto de 2008
tem dois leões no meu armário
Acho que não existe dor maior que a perda e a certeza pós-obtida do fracasso. Maior que o nada é a certeza do tudo que se foi, que não pode mais ser.
E no meio de tudo isso existe um ser, só e único, que não pode reparar na própria beleza pois nascera para se odiar e lamentar a sua forma e espírito. Daqui, vejo o ralo que traga de uma única vez toda a água suja que escorreu de mim. cúmplice e amigo, ele se cala, mesmo engolindo todas as minhas sujeiras.
Tento extrair de mim algo para me consolar. Consolo só no colo da mãe, que morreu. Consolo só no escuro, do qual eu já não tenho mais medo. Então é no escuro que estou.
Ele saiu de casa com pesar. Algo o obrigara. Ele queria ficar, e ficar e ficar. Mas abriu a porta e se jogou nas veias abertas da cidade que rugia. Ele deveria ter organizado seus papeis e seus cd´s. ele deveria ter feito café e limpado a cozinha. Mas nada o queria ali. A rua tem possibilidades nocivas. A casa tem ruídos insignificantes.
Vocês mimam uns aos outros e se fazem carinhos. E eu, que tenho o estomago aberto? Ninguém vai costurar minhas feridas! Ninguém vai esquentar o leite pra eu tomar. Ninguém vai me mostrar o que deve ser feito. e se eu errar, vocês vão me sacrificar!
“Posso te seguir? Aonde você vai? Eu vou também, ta bom?! Você quer me dizer alguma coisa? Quer saber quantos anos eu tenho? Quer ler a minha mão? Quer um cigarro? Sabe... um dia me disseram que dá pra ouvir o próprio sangue correndo nas veias quando tapamos os ouvidos. Eu achei isso interessante.
Teve um dia que eu tava na praia e de repente a maré começou a subir muito rápido e as ondas estouravam no calçadão e quase ia até os carros. Mas eu resolvi não sair de perto do mar.
- isso é mentira, a maré não pode subir tão rápido.
É, eu sei, por isso foi incrível.
...
não diga que o que eu falo é mentira, me ofende.
- mas é...
é... mas não fale isso.”
E o pequeno príncipe deu adeus à sua flor e foi conhecer coisas bem menos importantes do que ela...
24 de agosto de 2008
DALI

Tinha uma cômoda com uma porção de gavetas. Varias e varias gavetas. Dentro de uma delas estava o meu coração. Nas outras, muitas e muitas lembranças em forma de papeis escritos, por mim e por muitas e muitas pessoas. Eu não sei em qual gaveta estão quais papéis, mas na gaveta em que fica o coração, só o meu coração está. Esta gaveta não está trancada, as outras estão. Faz mais de 2 anos que eu não abro esta gaveta. As outras eu abro com freqüência, pra me lembrar do que eu não me lembro mais. Do coração eu quero esquecer, por isso não abro. Qualquer um pode abrir, menos eu.
Coisas vivas são muito perigosas, e o meu coração ainda não parou de bater. Ele tem vontade própria. E ele mancha de sangue todos os papéis.
28 de julho de 2008
Para matar de saber. Sabia tanto que morreu o pobre homem dos recantos isolados. O que mais você quer que eu diga? Tem coisas que não tem respostas. Você me chama de hipócrita, pois eu te chamo de também. O que quer mais saber de mim? é só isso. Não basta? E pouco? O que mais você sabe? O que mais você é? Você é? O que? Cozinheiro? Encanador? Orador? Padre? Você é um velhinho? Você é a sua avó?
E essa ruga? Essa ruga que tem debaixo do olho, depois dos cílios, o que é? Você cresceu e veio fazer o que aqui? Você ta indo já? Não espera? quer um chá? Chá de limão faz bem pra saúde. Quer café? Passo rapidinho, você nem vai notar enquanto a gente conversa. Tenho tanta coisa pra falar... está atrasado, não pode ficar. O trem sai as 11, realmente falta pouco, outro só amanha, meu bem. não me avisa quando chegar. Não, não quero saber. Você pode morrer, o trem pode virar, atentado terrorista, vai saber, eu que não quero saber dessas historias. Da sua infância eu queria, mas você não tem tempo. Pode contar de ontem, ou de minutos antes de você chegar aqui, o que ouve? Você viu? Viu a rua? Ela tava branca ou amarela? Tava frio? Ventava? Tinha moças e homens desonestos? Você falou com eles? O que eles falam? Eles falam? Você queria saber se eles gostavam da sua aparência. Tinha homens desonestos e um velho senhor que tentava atravessar a rua.toda vez que vinha um carro ele recuava. Não conseguia correr, não é?! Então assim ficou ali mais de meia hora. Você o viu? Antes de entrar nos Correios ele estava lá e quando você saiu, ele estava lá ainda, no mesmo lugar! Que incrível. Viu, você podia ter me contado isso sem que eu precisasse te perguntar. O que mais você viu? Viu as flores? As flores da banca em frente ao viaduto. Sim, elas estavam transbordando de infelicidade! Eu também já as vi, eu acho que sou como elas. Sou uma flor no meio da cidade. Mas essas flores são mais felizes que eu porque elas têm companhia e eu não. E você, o que é? Você tem essa ruga aí, você caiu? Ficou preocupado? Dizem que as rugas verticais são sintomas de uma mente perturbada. Mas essa sua ruga aí não é vertical. Você teve um grande amor perdido? Ela morreu de alguma doença que você passou pra ela? Pneumonia? Ela tinha os pulmões fracos e você cuidou dela durante 20 anos antes de chegar aqui. Você está exausto. E agora ela morreu e você não sabe mais o que fazer com o tempo que você não está remediando a pequena. Sim eu imagino igualzinho a o que foi, se é que você me dá a licença: era um apartamento assim pequeno, quarto e sala e nada mais. Vocês deixavam sempre as portas fechadas por causa da corrente de ar que transpassava a casa. A cozinha era salpicada de pequenas baratinhas simpáticas, você não tinha tempo ou ânimo para matá-las, afinal, que mal fazem? Você repetia essa frase a si mesmo e a sua convalescente esposa “afinal, que mal fazem?”. Não fazem mal algum, não é verdade?
E tinha aquele papel de parede cor de creme, com umas florzinhas de mostarda! E aquela luz, refletindo as florzinhas e fazendo desprender dos cantos da casa um cheiro de tragédia contida....que te fazia vomitar. E você ia vomitar no lixo lá embaixo, na rua, para não saturar ainda mais aquele ambiente que se você fosse dar um nome seria um nome bem brega, como ‘ar comprimido’.